A Festa
O dia da grande Festa do Divino Pai Eterno é o primeiro domingo do mês de julho de cada ano. Durante os nove dias que o antecedem são celebradas missas e novenas; ocorrem encontros de jovens; acolhimento aos carreiros do Divino Pai Eterno (procissão dos carros de boi), foliões, tropeiros, e outros devotos.
Ao todo, são realizadas cerca de 100 missas e mais de 46 novenas, além de procissões, batizados, vigílias, alvoradas e confissões.
A tradição mais conhecida é a caminhada pela Rodovia dos Romeiros (GO-060), quando muitos devotos percorrem, a pé, o trajeto entre os municípios de Goiânia e Trindade, chegando até o Santuário Basílica (aproximadamente 18 km), como forma de pagar promessas, pedir graças e agradecer bênçãos alcançadas. Os peregrinos também partem de outras cidades e estados.
História da Devoção
Com mais de 180 anos, a devoção ao Divino Pai Eterno, em Trindade, teve início por volta de 1840. A história narra que o casal Constantino e Ana Rosa Xavier encontrou, enquanto trabalhava na lavoura, um Medalhão de barro de aproximadamente 8 cm com a estampa da Santíssima Trindade – Pai, Filho e o Espírito Santo – coroando Nossa Senhora. Eles beijaram a imagem, levaram-na para casa e a colocaram em um altar.
Com isso, deram início à oração do terço em família e depois também com os vizinhos. A notícia rapidamente se espalhou, juntamente com uma sucessão de milagres.
Segundo a tradição, após algum tempo, Constantino Xavier dirigiu-se a Pirenópolis (GO), a mais de 120 km de distância de Trindade, para restaurar o Medalhão encontrado. No entanto, ao invés disso, o artista plástico Veiga Valle fez uma imagem, em madeira, de aproximadamente 30 cm. Sem dinheiro para pagar pelo objeto sagrado, Constantino deixou o próprio cavalo em troca da imagem e voltou a pé para Trindade, tornando-se, assim, o primeiro romeiro. Ele foi recebido em festa por todos da cidade e, naquele momento, surgiu também o motivo da tradicional peregrinação ao Santuário.
